segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

tudo caminhando

Continuo com o processo de escrita.
Está mais trabalhoso do que eu esperava.
Nesta quarta-feira pretendo apresentar os resultados para as participantes e para as colaboradoras da pesquisa.
Grandes expectativas... para revê-las, para conversar sobre o trabalho...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

dois capítulos prontos

Passei esta semana em Brasília, na casa dos meus sogros, escrevendo a tese.
Terminei o capítulo de introdução e o de metodologia.
As 12 páginas da introdução estão de bom tamanho, mas 30 páginas para metodologia!!!! Me assustei um pouco, fico pensando que tudo vai ficar enorme...
No capítulo de metodologia procurei explicar os referenciais para a construção da pesquisa-ação; apresentei o contexto em que a pesquisa foi produzida; o processo de construção conjunta entre a pesquisa e a intervenção e a maneira como realizei a análise dos dados.
Depois conto mais, tô muito cansadinha agora.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A insônia melhorou

Acho sinceramente que ela foi fruto do que o Donald Schön nomeou de zonas indeterminadas da prática, ou seja, eu estava no limbo da construção da tese, e estava muito difícil bloquear qualquer pensamento sobre esta construção, e em qualquer hora.
Finalmente estou escrevendo, já tenho duas páginas!
Na semana passada reli muito das minhas anotações e o processo foi sendo construído dentro.
Estes primeiros escritos são do capítulo mais difícil, o de introdução, em que tenho que fazer as conexões mais importantes não somente entre os referenciais teóricos, mas principalmente da minha história com eles - em quê eles são importantes.
São três autores + eu para explicar de onde eu parto para esta investigação: Jô Benetton, Donald Schön e Cheryl Mattingly, e onde posso chegar...

O trabalho nos outros capítulos é de montagem e execução: o roteiro está pronto.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

o envolvimento emocional com a pesquisa

Sobre o meu processo:
Vejo claramente dois momentos:
O primeiro, que chamei de um envolvimento mais emocional, de um encantamento com o que eu vivi e li, com a disponibilidade das terapeutas ocupacionais em dividir comigo e entre elas experiências de grande complexidade e... beleza. É isso, beleza das histórias que emociona, e que tem muito sentido para mim.
E que me fez sentir dentro, inundada pela riqueza da experiência, e que causa uma paralisia para a descoberta, como se tudo o que tivesse que ser descoberto já estivesse pronto, nos relatos.
O segundo, é o da descoberta, do afastamento das experiências contadas e da nossa experiência vivida para conhecer similaridades e diferenças, convergências e divergências das particularidades e com um todo maior.

domingo, 9 de novembro de 2008

imagem profissional prospectiva

Ontem assisti a uma entrevista com o Washington Olivetto e achei que valeria a pena registrar dois de seus pensamentos, que se ajustam ao que tenho buscado profissionalmente:

Quando criou a WBrasil: quis criar a empresa com maior índice de felicidade per capita do mundo.
Porque felicidade no trabalho para mim importa, e muito.

E que ele prefere ser co-autor de um trabalho maravilhoso, do que autor solitário de um trabalho medíocre.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

conversa que descansa a mente e organiza

Taís diz:
oi, Zé
Zé Otávio diz:
oi
Taís diz:
como está? Eu estou terminando umas análises e fiquei cansada... fui ver se tinha alguém disponível para um papinho. Pode?
Zé Otávio diz:
ok
Zé Otávio diz:
tem coisas que esgotam
Zé Otávio diz:

Taís diz:
sim
Taís diz:
tive 6 participantes da pesquisa
Zé Otávio diz:
...
Taís diz:
e uma delas foi muito fundo nos seus escritos, discutiu coisas sempre muito densas
Taís diz:
estou olhando para isso agora
Taís diz:
e vi que vou ter que ir devagar com o material dela
Zé Otávio diz:
poxa
Zé Otávio diz:
não é objetivo
Zé Otávio diz:

Zé Otávio diz:
deep
Taís diz:
não, e ela fez um percurso muito importante, tenho que pensar direito como trabalhar com isso
Zé Otávio diz:
qualidade do discurso
Taís diz:
e também tem uma questão, que é como aproveitar a trajetória de todas as participantes, sem criar tensões relacionadas a algo como 'ela foi melhor, mais profunda...'
Zé Otávio diz:
6 pessoas
Zé Otávio diz:
escritas diferentes
Zé Otávio diz:
discursos diferentes
Taís diz:
momentos diferentes
Zé Otávio diz:
tá parecendo minhas pesquisas
Taís diz:
como assim?
Zé Otávio diz:
metodologicamente
Zé Otávio diz:
o discurso
Zé Otávio diz:
talvez tenha que usar o discurso bruto delas na dissertação, se sua metodologia permite
Zé Otávio diz:
dar voz
Taís diz:
sim e não. é muito material de qualquer maneira
Taís diz:
a banca de qualificação
Zé Otávio diz:
o que eles sinalizaram?
Taís diz:
sugeriu escolher uma e traçar a trajetória dela ao longo do período
Zé Otávio diz:
sim
Taís diz:
mas por outro lado, tem muita coisa importante, relevante
Taís diz:
nos relatos da outras
Zé Otávio diz:
quebra-cabeça
Taís diz:
não acho que vou ficar feliz se desconsiderar isso
Taís diz:
acho que vou tentar ir por um quebra-cabeças mesmo
Zé Otávio diz:
tá desenhando uma coisa muito rica
Zé Otávio diz:
relatos de profissionais
Taís diz:
tem os temas que foram construídos de forma colaborativa no grupo: prática em terapia ocupacional, prática iniciante e prática em contexto
Zé Otávio diz:
reflexões
Taís diz:
e nos diários de cada participante, cada uma investiu mais em um ou dois desses temas
Taís diz:
então pensei que posso seguir tendo o trabalho do grupo como referência
Zé Otávio diz:
sim
Taís diz:
e apresentar como algumas participantes desenvolveram/aprofundaram/particularizaram estas questões pra si
...
Zé Otávio diz:
que rico
Taís diz:
foram 18 encontros do grupo, e em torno de 15 diários por participante
...
Zé Otávio diz:
vc tem relatos de história oral
Taís diz:
a continuidade era a conversa
...
Zé Otávio diz:
escrita
Zé Otávio diz:
diário é como uma conversa
Zé Otávio diz:
só que escrita
Taís diz:
o que eu tenho de oral é o trabalho do grupo, a maneira como os sentidos foram negociados e contruídos coletivamente
Taís diz:
sim
Zé Otávio diz:
poxa
Zé Otávio diz:
que interessante, amiga
Taís diz:
sobre aqueles três grandes temas que eu falei
Zé Otávio diz:
sim
Taís diz:
ai que bom falar com alguém
Zé Otávio diz:
qualquer coisa que vc fizer que não utilize o arquivo que elas mesmo escreveram, perderá qualidade...
...
Zé Otávio diz:
é o que vc tem de mais rico...
Taís diz:
o que não estará nos arquivos delas, serão somente minhas interpretações...
Taís diz:
e muitas delas também foram construídas coletivamente com elas
Zé Otávio diz:
os arquivos delas estarão no texto final
Taís diz:
todos não
Zé Otávio diz:
?
Zé Otávio diz:
eu sei
Taís diz:
a minha tese teria umas 600 páginas
Zé Otávio diz:
mas vc vai editá-los
Taís diz:
em que sentido?
Zé Otávio diz:
de escolher trechos
Zé Otávio diz:
é como montar um roteiro
Taís diz:
acho que vou fazer recortes das suas construções a partir dos temas
Zé Otávio diz:
em cima de relatos
Taís diz:
sim
Zé Otávio diz:
sim
Taís diz:
de relatos mais inteiros
Zé Otávio diz:
parecido com meu mestrado o processo de construção
Taís diz:
que mostrem a transformação de suas compreensões e práticas
Zé Otávio diz:
sim
Zé Otávio diz:
sensível
Zé Otávio diz:
difícil
Taís diz:
sim, e como qualquer criação, alterna entre momentos de êxtase e cansaço e desespero
Zé Otávio diz:
é isso
Zé Otávio diz:
tem elas
Zé Otávio diz:
mas tem vc
Zé Otávio diz:
se vc se colocar
Zé Otávio diz:
pode dialogar com algo tão pessoal como diários
Zé Otávio diz:
vc escreveu seu diário?
Zé Otávio diz:
de criação?
Taís diz:
eu vou ter que me colocar de duas maneiras
Zé Otávio diz:
sim
Zé Otávio diz:
tem seu blog
Taís diz:
o trabalho de conduzir esta experiência
Taís diz:
tenho meu diário desse processo
Zé Otávio diz:
como narradora...
Taís diz:
e o trabalho de pesquisar esse processo
Zé Otávio diz:
sim
Taís diz:
que também tenho meus escritos
Zé Otávio diz:
tem que usar
Zé Otávio diz:
escritos delas
Zé Otávio diz:
do grupo
Zé Otávio diz:
seu escrito
Zé Otávio diz:
e a pesquisadora narrando tudo isso
Taís diz:
sim
Zé Otávio diz:
e aí aparecem as descobertas
Taís diz:
e é isso que eu pretendo fazer nestas próximas semanas
Zé Otávio diz:
lindo
Zé Otávio diz:
vc vai cair muito para um processo de escrita próximo a escrever um romance
Zé Otávio diz:
não tenha medo
Taís diz:
além de construir os capítulos teóricos, porque depois que eu li o livros da Mattingly e depois do meu último encontro do CETO, a perspectiva de como abordar os referenciais mudou completamente
Zé Otávio diz:
pois é só a forma
Zé Otávio diz:
mas os teóricos não podem destoar
Zé Otávio diz:
senão a leitura será prejudicada
Taís diz:
não, eles agora estão muito mais próximos
Taís diz:
conectados
Zé Otávio diz:
poxa
Taís diz:
coesos
Taís diz:
instigantes
Zé Otávio diz:
tou curioso
Zé Otávio diz:
escritora
Taís diz:
eu também!rsrsrs
Zé Otávio diz:
rs
Zé Otávio diz:
parabéns
Zé Otávio diz:
agora é só trabalhar
Taís diz:
fale isso só depois de ler!
Zé Otávio diz:
não precisa de orientadora...
Zé Otávio diz:
rs
Taís diz:
não
Taís diz:
na verdade nunca precisei
Taís diz:
vou fazendo o que para mim parece ter sentido
Zé Otávio diz:
interessante
Zé Otávio diz:
rs
Zé Otávio diz:
gostei
Zé Otávio diz:
aprendi mais um pouco
Zé Otávio diz:
vou usar diário no meu doutorado
Taís diz:
seu diário?
Zé Otávio diz:
eu vou dialogar com uma pessoa que não existe mais
Zé Otávio diz:
é
Zé Otávio diz:
vou estudar um arquivo
Zé Otávio diz:
de alguém que usava diários
Taís diz:
uau
Zé Otávio diz:
boa, amiga
Taís diz:
é todo o processo de criação
Zé Otávio diz:
essas conversas rendem mais...
Zé Otávio diz:
sim
Zé Otávio diz:
eu estudei isso
Taís diz:
da sua criação a partir da criação de alguém
Zé Otávio diz:
muito
Zé Otávio diz:
fiz 3 disciplinas
Zé Otávio diz:
sobre isso
Zé Otávio diz:
rs
Zé Otávio diz:
mas o raciocínio é poético
Zé Otávio diz:
não é lógico
Zé Otávio diz:
rs
Taís diz:
que pena que neste momento não tenho tempo para trocar mais nada, mas podemos conversar sobre isso depois
...
Taís diz:
parabéns!
Zé Otávio diz:
taís, vc tem o aceite da tos que trabalha no doutorado
Taís diz:
sim
Taís diz:
autorização, vc diz?
Zé Otávio diz:
acredito que não será expor
Zé Otávio diz:
é um processo
Zé Otávio diz:
e essas descobertas mais profundas não podem ser omitidas
Taís diz:
entendo que sim, mas ainda assim é uma questão
Zé Otávio diz:
isto é ética
Taís diz:
não estou pesquisando ratos
Zé Otávio diz:
não vai levá-las ao ridículo
Taís diz:
claro
Taís diz:
mas não é o embate com o público
Taís diz:
de maneira geral
Zé Otávio diz:
o narrador (pesquisador) terá este cuidado
Zé Otávio diz:
é um embate interno
Taís diz:
é uma tensão que pode aparecer no público-menor, de quem conhece o processo internamente
Zé Otávio diz:
isto é do grupo terapêutico...
Zé Otávio diz:
rs
Zé Otávio diz:
e dos grupos que se sobrepõem
Taís diz:
de um grupo educativo, na função da educação que é próxima do terapêutico, a das verdadeiras transformações
Zé Otávio diz:
vc tá tocando em temas muito ricos
Taís diz:
acho que sim, por isso é que eu tenho que ser cuidadosa mesmo
Zé Otávio diz:
quero ler... acho que o doutorado vai muito além do seu mestrado
Zé Otávio diz:
muito
Taís diz:
espero que sim
Taís diz:
o mestrado foi um parto de surpresa
Taís diz:
o doutorado está sendo mais cuidado, curtido
Zé Otávio diz:
legal
Zé Otávio diz:
gostei da conversa
Zé Otávio diz:
parabéns
Taís diz:
eu gostei muito da conversa
Taís diz:
obrigada
Zé Otávio diz:
mas sinto que mais que seu texto o que é a pérola são os diários
Zé Otávio diz:
rs... eu com minha mania epistemológica
Zé Otávio diz:
rs
Taís diz:
sim, são coisas raras
Zé Otávio diz:
vejo um primeiro capítulo de diários
Zé Otávio diz:
rs
Taís diz:
dependendo da perspectiva, eles por si só já seriam a tese
Taís diz:
que engraçado
Zé Otávio diz:
falando deles
Zé Otávio diz:
da história
Taís diz:
eu penso exatamente em começar pelos 'dados'
Taís diz:
porque eles me autorizam a começar tocando em algumas questões
Taís diz:
que poderiam não ter nada a ver com o título da tese
Zé Otávio diz:
rs... não me leve a sério
Zé Otávio diz:
vc sabe que sou muito mais narrador que pesquisador
Zé Otávio diz:
rs
Taís diz:
não, acho que não, você é uma das pessoas mais curiosas que conheço
Zé Otávio diz:
rs
Taís diz:
e saber narrar o que te move e o que você encontra é melhor ainda num pesquisador
Taís diz:
abraço, Zé, obrigada novamente
Zé Otávio diz:
obrigado
Taís diz:
posso postar parte dessa conversa no blog?
Zé Otávio diz:
toda

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

idas e voltas para a construção da tese

Já que esse blog é para compartilhar a escrita da tese, algo importante que tenho vivido neste momento são as idas e vindas entre o texto e o final da análise.
Estou enroscada em encontrar o melhor lugar dentro da tese para os processos de raciocínio clínico explicitados nos diários reflexivos. É um material super importante e que tem que entrar cuidadosamente, para fazer sentido.

Nesta história, que estou me debatendo desde a semana passada, vou para a leitura dos diários ou dos tipos de reflexão que encontrei neles, daí fico exaurida, como se não conseguisse ler mais nada, como se precisasse de uma guia maior, e volto para a tese, organizo melhor os capítulos, vejo a direção. Nesse processo as idéias vão e vem, daqui pra lá e de lá pra cá, se alimentando mutuamente.

Esse é bem o meu jeito de criar, com um quê bem desorganizado, desesperador.

Alguns anjos...

Estou emocionada.
Acho que é esse o meu problema agora, me emociono muito com as potencialidades do trabalho e fico meio no limbo para encontrar todas as conexões que ele precisa.
É um grande exercício de fé este de acreditar que as conexões vão aparecer.

E neste caminho encontrei alguns anjos que com uma disponibilidade ímpar, que me ajudaram a sair um pouco do limbo na sexta-feira e hoje: Gabriela Pernambuco Barboza Gomes, como suas observações sobre as minhas análises dos processos de raciocínio clínico, e Deigles Giacomelli Amaro, por me mandar um dos capítulos da sua tese também em construção, dos seus estudos sobre procedimentos.

Obrigada.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Terminando as análises

Acho que agora vou poder contar um pouco mais sobre o processo de finalização da análise dos dados.
Por incrível que pareça, ainda estou envolvida nas análises. Como já disse em outras postagens, todo o trabalho feito com o ALCESTE resultou na investigação dos temas que foram tratados no trabalho de pesquisa, tanto no grupo como nos diários.
E isso me dá apenas uma pequena parte do que preciso para responder às perguntas da pesquisa.
Quero saber o que investigamos, mas quero saber como foi esse processo.

E é isso que estou finalizando nesta e, provavelmente, nas próximas duas semanas.
O processo do grupo: construímos sentidos sobre o trabalho do grupo e a pesquisa, sobre a assistência em terapia ocupacional, sobre a prática em contexto e suas influências no raciocínio clínico, mas como esse processo se constituiu?
A investigação do raciocínio clínico nos diários: já investiguei processos reflexivos nos diários, mas quais os diferentes tipos de raciocínio clínico presentes? Sobre quais questões as terapeutas ocupacionais mais se debruçaram? Se o raciocínio clínico é um processo voltado para a compreensão das particularidades do caso para poder agir, como este processo foi construído nos diários?
O raciocínio pedagógico da pesquisadora: já tenho algumas análises de como este processo aconteceu tanto nas devolutivas dos diários como nos grupos iniciais, então, como compor este processo de raciocínio pedagógico? Quais elementos se fizeram necessários? Em Terapia Ocupacional, o que é preciso para estar neste lugar? De quem media, de quem ensina?

Tendo estas linhas mais claras (e houve mudanças depois da qualificação), agora é arregassar as mangas e tentar fechar estas questões neste tempo.

Vou contando.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pesquisa (auto)biográfica e práticas de formação e o que esse dia teve a ver com a minha tese

Hoje participei de um curso com este tema.
Claro que nesta fase do doutorado não é para ler mais nada, nem abrir novos horizontes.
Mas a idéia de eu participar do curso não foi essa. Foi abrir espaços na mente, arejar, e ao mesmo tempo, fortalecer um posicionamento.
O curso foi com o Prof. Eliseu Clementino de Souza, da Estadual da Bahia, e foi muito bom ouvir alguém que sabe do que e de onde está falando.
De modo geral, o que ficou foi a questão das diferentes perspectivas no trabalho de pesquisa com narrativas, histórias orais, biografias... e a importância de que a perspectiva seja marcada, demarcada.
Algo interessante que ele falou sobre as escolhas dos autores, é colocá-los sob uma hierarquia: os protagonistas, os coadjuvantes e os figurantes.
Meus protagonistas são, sem dúvida: Schön (profissional reflexivo), Mattingly (narrativa e raciocínio clínico) e Benetton (terapia ocupacional). Consigo estabelecer uma conversa com eles do começo ao fim do trabalho.
Alguns coadjuvantes são os autores que sustentam as ferramentas metodológicas da intervenção: Wenger (comunidade de prática), e os autores que falam do diário reflexivo, do processo de grupo.
E os figurantes são muitos... aqui e ali, apresentando algumas questões específicas que vão surgindo.
Gostei disso!

Além disso, ele fez um panorâma sobre o início das pesquisas sob este referencial, e falou da Escola de Chicago (Alain Coulon) , da déc. de 20, na constituição da pesquisa qualitativa nas Ciências Sociais, que veio a influenciar outras áreas em décadas posteriores (dec. 60), como o surgimento da História Nova na França, e da Psicologia Social, Literatura... chegando na Educação: o professor é uma pessoa, a formação se dá a partir do sujeito.

E depois foi demarcando seu lugar ao falar das histórias de vida como processo de conhecimento, das interfaces entre pesquisa e formação e das práticas de formação.
Neste campo, eu fui ora me aproximando, ora me distanciando.
Mas saí com uma boa lista de obras para futuras leituras.

Além disso, dicas para a análise:
- O movimento da pesquisa, os bastidores, tem que aparecer no texto;
- Análise temática, sob uma perspectiva hermenêutica-fenomenológica e interpretativa (da transcrição à textualização) - acho que isso é mais próximo do que eu estou fazendo do que a Análise de Conteúdo ou do Discurso.
É uma análise de 3 tempos: a) pré-análise e leitura cruzada; b) leitura temática (das unidades de análise descritivas); c) leitura interpretativa-comprensiva;
- Explicitar sempre os critérios, as escolhas.

O pesquisador que vive uma dialética sujeito-objeto de sua própria pesquisa.
Questões da escrita: entre o íntimo e o público - para mim esta é uma questão fundamental que vou ter que tratar, pois as participantes da escrita produziram diários reflexivos de situações dilemáticas de suas práticas, e ocorreu um movimento de apropriação desta ferramenta, mas de negociação com o leitor, num primeiro momento, eu como pesquisadora e terapeuta ocupacional, e, num momento posterior, os leitores da pesquisa.

Entre tantas outras coisas, mas que posso incluir em outras postagens, a medida em que for contando aqui o meu processo final de análise e escrita da tese.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

só para dar um gostinho...

... do que vem por aí depois da leitura da Mattingly: tempo narrativo e tempo vivido, narrativa e experiência vivida, criação de histórias terapêuticas...

Experiências poderosas: criam um senso de unidade, um senso de que algo ocorreu e que é diferente do seguir do tempo sem marcas, não são recebidas passivamente, mas ATIVAMENTE CRIADAS (p. 82)

Um único relance num único momento pode ter seu caráter inesquecível, convergindo numa imagem que varre da superfície todos os outros eventos e não é nunca engolida em uma cadeia de ação maior. A forma narrativa é baseada na vivacidade dos eventos assim como em suas contribuições para a trama (p. 85)

As ações são conduzidas através do desejo (p. 92)

Nosso desejo nos leva a assumir riscos (ou pagar um preço quando falhamos em assumir os riscos) e isso em si causa sofrimento. Freqüentemente nosso objeto não será alcançado, ou quando alcançado não nos dará o que esperávamos e estas coisas também causam pânico (p. 92)

Agimos para chegar a certos fins, realizar certos futuros e evitar outros.
Ao agir podemos vir a decidir que aqueles fins que desejávamos não são tão desejados depois de tudo e muda nossa orientação teleológica em favor de um futuro diferente (p. 93)

A vida no tempo, como espaço de possibilidades - é essa a estrutura que a narrativa imita (p. 96)

Aos poucos as coisas vão sendo contruídas na minha cabeça.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Como explicar o Método Terapia Ocupacional Dinâmica

Meu amigo Zé Otávio (blog do terapeuta ocupacional) me convidou para dar uma aula sobre o MTOD no curso de TO de Jundiaí, onde é professor.
Na montagem da apresentação, que tem que ser simples, pois é um primeiro contato de alunos de graduação com o método, retomei os textos das colegas que vão falar no Curso: Atividades, tudo o que você precisa saber para ser terapeuta ocupacional, agora em novembro.
E me deparei com textos de grande simplicidade e clareza, próprios de quem sabe do que fala e quer falar para quem está chegando, para dar água na boca, para mostrar novas possibilidades.
Bem, o curso está recomendado, tanto para quem está na graduação, no início da carreira e para quem quer se aproximar do CETO, do MTOD. Mais informações acesse a homepage do CETO.

Depois também vou deixar a aula disponível na minha homepage.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

estudar não é fácil!

Estou debruçada na leitura do livro "Healing dramas and clinical plots - the narrative structure of experience", da Cheryl Mattingly, que é antropóloga, e este livro é a etnografia da pesquisa com terapeutas ocupacionais que originou todo o estudo do raciocínio clínico (quem quiser saber mais, uma tradução de um dos artigos publicados em 1991 no American Journal of Occupational Therapy foi traduzida na Revista CETO, no. 10).
Será que algum dia vai acabar a sensação de que sempre há algo para ler antes de escrever a tese e terminar de vez as análises?

Talvez não, mas este livro tem que ser lido.
É um desafio o tempo todo. Compreender os conceitos, o percurso da autora para apresentar os conceitos (como em todo livro!).

Daí, eu tenho fome, tenho vontade de ligar ou teclar com os amigos, escrever no blog (!), assistir o 'sem censura' - será que a Leda Nagle tem noção do quanto ela foi presente nos meus momentos de fuga da tese?

Depois volto, ando mais algumas poucas ou muitas páginas, e assim vai, até o fim, que quase sempre é um êxtase.
No percurso várias idéias vão surgindo, e é ótimo, instigante, excitante.
Hoje, já tive várias! Uma delas sobre quem precisa estar na banca da defesa, de quem eu espero uma avaliação, mas também um primeiro diálogo.

Agora acho que já dá pra voltar para algumas páginas mais.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

inventar a terapia ocupacional

Não a profissão, mas suas práticas, os modos de investigar a prática, que reorganiza as relações entre sujeito e objeto.
Então, a terapia ocupacional (prática) enquanto objeto de investigação, põe à prova o terapeuta ocupacional (estudioso) na invenção de práticas de investigação que ofereçam possibilidades (risco) de apreensão/compreensão/roteirização "das condições humanas de intervenções, na ocorrência de uma terapia ocupacional" (BENETTON, 2005), dos fenômenos relativos ao saber fazer acerca da terapia ocupacional.
Quem quiser entender melhor do que eu estou falando, leia o artigo "Além da opinião: uma questão de investigação para a historicização da Terapia Ocupacional", de Jô Benetton, Revista CETO, n.o 9, 2005.
Imprescindível.
Isso é CETO. Essa terapia ocupacional inventada e em invenção.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

política e saber

Política no sentido que a Isabelle Stengers diz, de acompanhar a construção das soluções que cada coletividade traz ao problema. Não como um julgamento, mas como ação.

Daí, penso que não há como não se posicionar.

"... um texto científico está longe de ser 'frio', de ser mero relatório de experiências e das conclusões às quais elas conduzem racionalmente. É um dispositivo arriscado que expõe de uma só vez e indissociavelmente os 'fatos' e os leitores, propondo-lhes papéis - crítico pertinente, autoridade incontestável, aliado, rival infeliz - que ele procura fazer com que aceitem, numa história que ele procura fazer passar pela diferença que pretende ter conseguido criar."

Isabelle Stengers,
A invenção das ciências modernas, p. 116

sobre o doutorandices

Na semana passada fui ao Encontro de Docentes de Terapia Ocupacional e fiquei super feliz com os comentários de acesso ao blog.
Além disso, ontem mesmo a Deigles Amaro me escreveu sobre o quanto é convidativa esta minha forma de me apresentar, aqui no blog e na homepage.
Em resposta a isso tudo, lembrei-me da Clara Avenbuck, de que o blog é uma forma de comunicar, de publicar.
Acredito nisso.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Felicidadezinha

Fiquei numa felicidadezinha hoje quando reencontrei o
cinemascópio, ele era um site de crítica de cinema, muito inteligente, do Kleber Mendonça
(que só faz aumentar ainda mais o meu gosto por Pernambuco) e agora é blog.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Para escrever melhor

Sei que redação de tese não é igual à redação jornalística. Mas bom texto é bom texto.
Tenho gostado muito das dicas do blog novoemfolha.

Hoje, a Ana Estela postou algumas dicas interessantes que vêm sendo passadas de mão em mão (aqui já é a sexta mão!): "do Strunk para o "El País", do "El País" para Vinícius [de Moraes], de Vinícius para o Breno [amigo dela], do Breno para mim [Ana Estela] e, finalmente, de mim para os leitores do blog" novoemfolha... e agora aqui :)
  1. esqueça o que "não é". Em vez de "não costumava atrasar", prefira "chegava sempre na hora". Em vez de "não teve sucesso", escreva "fracassou".
  2. seja concreto. Em vez de "o clima era muito seco", vá de "não chovia havia dois meses".
  3. seja breve. Troque "prometeu adotar medidas de contenção dos furtos" por "prometeu combater os furtos"
  4. abaixo introduções. Se você vai contar algo trágico, não precisa antecipar que "o que ocorreu foi trágico". Vale para qualquer outra introdução. Deixe que os fatos falem por si.
  5. não enfeite. Isso a gente já falou muito aqui no blog: o bom texto não é feito de um monte de palavras bonitas enfileiradas de forma rebuscada. Texto é informação. Quanto mais informação, melhor ele fica.
  6. menos ego. Não tente parecer bom ou diferente. Tente escrever de forma clara e interessante. É o texto que conta, não você.
  7. contra adjetivos, use substantivos. E verbos. Aqui eu vou transcrever o Vinicius: "Não há adjetivo no mundo que possa estimular um substantivo exangue ou inadequado; isto sem subestimar adjetivos e advérbios, quando corretamente empregados. Mas a verdade é que são os nomes e os verbos que dão sal e cor ao estilo".
  8. seja claro. Frases curtas ajudam nisso.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

sobre raciocínio clínico

Gostei muito da iniciativa do meu amigo José Otávio na criação do blog do terapeuta ocupacional.
Lá, ele postou um vídeo e discute a aprendizagem do raciocínio clínico.
Como já disse em uma postagem anterior (27 de agosto) o raciocínio clínico em terapia ocupacional, discutido por Cheryl Mattingly em seu artigo "O que é raciocínio clínico?" publicado no The American Journal of Occupational Therapy, em 1991, não é simplesmente a habilidade de dar razão a uma decisão clínica ou de oferecer razões explícitas para a ação, e também não é a simples aplicação da teoria na prática. O raciocínio clínico está diretamente relacionado à ação e a uma noção antiga de raciocínio prático no senso aristotélico: saber como agir é mais que uma habilidade instrumental, pois envolve a deliberação sobre o que é apropriado para um caso específico, com um paciente específico, em um contexto específico. Enquanto a teoria leva para uma verdade generalizada, a ação sempre acontece num contexto singular e, dada a complexidade e as idiossincrasias do caso particular, o conhecimento teórico tende a se apresentar grosseiro e aproximado, podendo se oferecer como ponto de partida, mas não como uma regra para a ação.

A experiência do Zé com suas alunas, também me fez lembrar do programa de preceptoria online, desenvolvido pela University of Western Ontario, no Canadá, aquela que eu visitei! é um programa auto-dirigido e pode ser feito por qualquer pessoa, alunos de graduação, profissionais iniciantes ou experientes e preceptores/supervisores, é só se cadastrar. Especificamente no módulo sobre 'prática reflexiva' há várias estratégias utilizando cenas em vídeo para disparar a reflexão sobre a ação.
E para quem tem saudades da Lilian Magalhães (PUCCamp), ela aparece em alguns deles.

Para maiores informações sobre raciocínio clínico em terapia ocupacional (material em português), dá para fazer o download da minha dissertação de mestrado na minha homepage.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

resultados preliminares(1): características relevantes do programa de mentoria

Decidi começar a postar alguns resultados preliminares do doutorado. Pelo menos, os resultados dos trabalhos que tenho submetido a congressos, eventos e artigos.

Ontem, terminei o texto completo do trabalho "Programa de Mentoria para o Desenvolvimento Profissional em Terapia Ocupacional: a Aprendizagem Colaborativa como Método de Ensino-Aprendizagem" para o IX Encontro Nacional de Docentes de Terapia Ocupacional.
Neste trabalho, discuto o conceito de prática profissional como aquela que acontece em situações de singularidade, incertezas e conflitos de valores, e que através dos processos de reflexão na e sobre a ação, o profissional pode tornar explícito seus motivos e crenças, julgá-los de acordo com sua satisfação profissional e até construir novos conhecimentos sobre a prática.
Também falo do raciocínio clínico em Terapia Ocupacional como um processo de raciocínio voltado para o saber como fazer em um contexto específico, com um paciente específico.
Discuto a relação entre processos de reflexão, narrativas e construção colaborativa de sentidos.
Apresento o Programa de Mentoria que foi a base da pesquisa-ação e alguns resultados relativos a avaliação das características mais relevantes para o desenvolvimento profissional, apresentadas pelas participantes da pesquisa.
Como resultados encontrei as seguintes características:
1. Uma certa suspensão das demandas da prática, no sentido de não ter que pensar em ações profissionais urgentes para resolver estas demandas, e assim se aprofundar na investigação da prática e do raciocínio clínico, demarcando uma diferença entre a supervisão clássica e a proposta do programa de mentoria;
2. A importância das ações da mentora ao favorecer a negociação de sentidos e o alinhamento das participantes à proposta;
3. As trocas entre as profissionais mais experientes e as iniciantes, marcadas pelo narrar e compartilhar experiências;
4. O engajamento no processo de reflexão, de investigação da própria prática como eixo do desenvolvimento profissional.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

energias se recuperando

Retorno ao trabalho.
A vida ainda está um pouco bagunçada, são poucas coisas, mas o fato delas ainda não terem lugar influencia a minha organização interna.

Mas se eu for esperar tudo ter o seu lugar... a vida passa.

Antes de retomar a finalização do trabalho do doutorado, ainda tem algumas pendências: escrever um texto completo para um congresso, finalizar dois artigos e escrever um parecer.

Estou sentindo um desejo muito intenso de estudar, de aproveitar estes seis meses finais...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

sobre famílias curiosas e comerciais de sabão em pó

Na semana passada, recebi a visita de dois grandes amigos e de seus dois filhos.
Eu estava tão enlouquecida com a inscrição no concurso que nem consegui curti-los muito.
Mas, do pouco tempo que convivemos, fiquei com uma sensação de encantamento e admiração.

A tv (parâmetro?) anda mostrando famílias com filhos espertos, bagunceiros e com uma criatividade de comercial de sabão em pó: faz e acontece, pinta e se suja, mas não tem a curiosidade de aprender.

E os meus amigos e seus filhos me inundaram de felicidade ao mostrar companheirismo, respeito, brincadeira, e muita curiosidade pela vida, para aprender, conhecer, descobrir, os outros e as coisas.

Torço muito por vocês!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

sobre a qualificação:

Ah, não contei sobre a qualificação - processo importante na trajetória do doutorado.
Quer saber...
Realmente não entendo porque as pessoas ficam tão apavoradas, a não ser que estejam muito perdidas, pelo menos nos programas de pós-graduação em que o exame de qualificação se propõe a ser avaliativo-colaborativo, a proposta é auxiliar o doutorando a finalizar ou redirecionar seu trabalho. Então, sofrer pra quê?
Eu fico até sem jeito em dizer que não fico nervosa antes do exame de qualificação ou mesmo da defesa.
Excesso de auto-confiança? Realmente a palavra 'insegurança' deixou o meu cotidiano para estas questões. Salve Leo!

Mas foi um exame de qualificação muito interessante, com muitas trocas, e eu me encantei com a proposta da banca: de deixar mais explícito o meu processo de raciocínio pedagógico na condução do grupo de aprendizagem colaborativa. Vou ter que provar da mesma bebida 'ora amarga, ora inebriante, ora saborosíssima' que ofereci às minhas participantes.

Ainda sobre estas questões de pesquisa: ao mesmo tempo em que fiquei feliz com o elogio da Graça Mizukami 'de que eu ponho o referencial à prova', também fiquei espantada que os pesquisadores, em geral, não façam isso, e sigam produzindo a partir daquele referencial sem muitos questionamentos. ?!?!.

Sobre os resultados: mesmo com o trabalho que fiz até este momento, ainda não vejo nem um-décimo o que investigamos durante o ano passado. Tudo está muito recortado, sem costura.
Neste sentido, acho que vai ser um trabalho delicioso finalizar este doutorado.

Hasta luego! (para relembrar os dias quentes de Sevilla)

sumi com o que me faria sumir.

"Em regra, penso que renegar seus próprios princípios para se preservar é uma boa maneira de se destruir." (Contardo Calligaris, coluna da folha se s paulo, 24/07/2008)

Veio na hora certa esta fala do Contardo para eu ficar mesmo mais segura da decisão que tomei nesta semana. Abandonei o concurso (ver 11/06 e 21/07).

Ontem já pude colocar em ordem a minha cozinha nova, os meus temperinhos: preciso de mais potes canadenses! Terei que pedir pra Lilian (agora, além dos artigos vou ter que pedir potes de temperos com imãs! São lindinhos e ficam super coloridos quando a gente põe os temperos). E o Leo: "não existem mais temperos no mundo, estes 15 potes são suficientes!" :)

Agora preciso descansar um pouco pra minha cabeça voltar a funcionar bem.

Acho que hoje vou comprar flores!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

que fiasco de blogueira!

Para aqueles que ainda se dão ao trabalho de encontrar alguma informação sobre esta minha trajetória no doutorado, segue o meu pedido de desculpas...

Mas sou assim, meu pragmatismo para resolver as tarefas mais urgentes vai deixando de lado, muitas vezes, o que gosto de fazer...

Enfim: congresso na Espanha (muito bom!), mudança, qualificação (qualifiquei!) e inscrição no concurso, me transformaram num ser socialmente inexistente.

Ainda escrevo ao som das furadeiras (hoje estão terminando de colocar os armários na cozinha e no banheiro)...

Como terei três semanas de intenso estudo, já aviso de antemão, que sumo novamente... Quem sabe depois dessa turbulência, poderei escrever com mais calma.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

quase um mês depois...

Acho que eu não consigo escrever com as coisas acontecendo, preciso de um tempo pra falar de coisas mais certas.
Me mudo na semana que vem. O apê está ficando uma graça! Hoje tem pintor, amanhã o instalador do piso, depois uma faxina... e eu aqui, sem ver nada!

Vou mesmo pra Sevilha, tudo organizadinho! E um medinho grande da Imigração!

Qualifico dia 07 de julho e tenho que entregar o relatório na semana que vem. Enfim, até que estou tranqüila com tudo isso. Agora, né, porque até ontem... :) uma ansiedade só.

Pintou um concurso pra docente. Acho que vou me inscrever... mas ainda é um pouco um dilema.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

a viagem acabou...

Sem escrever há algum tempo...
Cheguei do Canadá na segunda-feira.
Well, foi uma viagem e tanto. Depois de London, fui a um colóquio sobre assistência interprofissional na Universidade McMaster, em Hamilton - tem até foto!

Conheci muita gente bacana, e acho que serão possíveis futuros trabalhos em colaboração.
Mas o mais bacana foram as interações, as pessoas, a disponibilidade e atenção. Fui realmente muito bem recebida.

Se conseguir me organizar, coloco algumas fotos depois (eu sei que só prometo, mas...).
Entre organização da mudança pra SCarlos, viagem pra um Congresso em Sevilha (oba!) e preparação do relatório pra qualificação: espero continuar viva.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

crème brûlée!

Vocês vão achar que de viagem de pesquisa essa vinda pro Canadá se tranformou numa viagem gastronômica.
Mas tem coisa melhor que conhecer um país pela sua comida? Ah, não tem.

Hoje fui a uma aula de saúde mental como convidada, junto com outros 5 terapeutas ocupacionais canadenses, para um bate-papo com os alunos do mestrado profissionalizante (aqui no Canadá as pessoas fazem seus bacharelados em outras coisas e depois, para ser terapeuta ocupacional tem que fazer esse mestrado profissionalizante de 2 anos - uma proposta interessante e para se olhar com calma).
Enfim, foi muito bom, porque acabaram indo uns tos que tratam! Pode parecer um comentário absurdo esse, mas é que os terapeutas ocupacionais aqui estão sendo formados para fazer mais um tipo de consultoria, case management, e não para tratar/cuidar de pessoas, inclusive estes dois verbos foram abolidos do vocabulário da Terapia Ocupacional daqui.
Enfim, mas estes terapeutas ocupacionais tratam e foi muito gostoso ouvi-los. Inclusive uma delas trabalha em um centro de cuidado em Saúde Mental que só tem terapeutas ocupacionais e recreacionistas.

Depois disso, fomos almoçar e de sobremesa: o melhor crème brûlée do Canadá! (segundo a Lilian) Gente é deliciosíssimo! E ainda por cima lembra a Amèlie Poulain: a gente quebra a casquinha de açúcar!

Ah, ontem visitei quatro serviços de saúde mental: um hospital de longa permanência, o serviço de atendimento de crise de London (muito interessante mesmo!), a Associação Canadense de Saúde Mental, e um serviço filantrópico para mulheres de rua e que tem problemas com violência e aids em um bairro bem pobre de London: é gente, Canadá, bla, bla, bla... mas tem sim quem fica fora do sistema.

Well, finalizando a viagem gastronômica: hoje fui 'pagar' a minha estadia na casa da Lilian, levei-a pra jantar: uns camarões na manteiga de primeira! Sem sobremesa porque a minha cota já estourou! E semana que vem tem Montreal: açúcar só na semana que vem agora.

No mais, continuo fazendo pesquisa bibliográfica: o mundo em pouquíssimos cliques, uma delícia! Eu quero isso no Brasil também!!!!!

terça-feira, 29 de abril de 2008

trabalho, recompensas e sabores...

Estou exausta, mas numa felicidade!
Amanhã será o deadline para enviar trabalhos para um congresso na Espanha, mas como sabia que teria a quarta-feira cheia terminei hoje (só que lá se foram o fim de semana e parte da madrugada de ontem!).
Well...
Hoje tive uma reunião com a Anne Kinsella, uma grande pesquisadora em prática reflexiva e um poço de sabedoria, como diriam os antigos. Aprendi à beça, sem exageros. E ainda por cima ganhei um jantar no Blackfairds, um restaurante hiper-simpático, aconchegante, com mesinhas de mosaico e pinturas contemporâneas na parede (que a dona fez)... Foi um desbunde: bom vinho, salada com codornas e pêras (me lembrou as que a Caterine Zetha-Jones cozinhou naquele filme que eu assiti todo em inglês me preparando pra vir pra cá, "sem reservas"), um salmão delicioso e por fim um pudim de pão com bananas, igualzinho ao que a gente tem por aí, incrível, né? E café expresso! Nada daqueles café horrorosos que os canadenses andam de um lado pro outro.
Mas até que hoje provei um Special Mac´s, é um café daqueles de 300ml, mas tinha um sabor diferente e um cheirinho que você diz que é café.

Meio 'alegrinha' das duas taças de vinho, perguntei para a Lilian o que eu deveria fazer para agradecer esta oportunidade. :)

A Anne se emocionou com o caso clínico que eu devo apresentar para os alunos na quinta-feira. She is so sensitive!
É Jô, essa sua terapia ocupacional faz diferença até do outro lado do mundo! Thanks again!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Friday in Canada (2)

Well, para uma sexta-feira está bem legal. Super cansada! Tomando uma cervejinha e esperando por um churrasco naquelas american barbecues.
Let´s go!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

From Canada (1)

Até que enfim consegui um tempo pra começar a contar sobre esta vinda ao Canada.

Primeiro uma breve recapitulação dos fatos principais desde domingo e depois disso falo das minhas percepções.
Cheguei no domingo no aeroporto de Toronto e eles haviam perdido minha bagagem! "Welcome to the club!", eu ouvi. Por conta disso, quase perdi meu vôo para London, mas foi tudo bem. Chegando em London: minha mala estava lá!
O clima aqui está ótimo, uns 20-22 graus. Se não esfriar um pouco vou ter que comprar roupas de verão aqui, pois não esperava por um clima tão brasileiro assim! Mas as pessoas estão muito felizes pela rua, pois estava nevando até a semana passada.
A Universidade é muito bonita, uma das mais antigas do Canada, acho que em torno de 100 anos. Depois me organizo pra fazer um fotolog.
Fui muitíssimo bem recebida por aqui. E já fiz contato com duas das maiiores pesquisadoras em desenvolvimento profissional, profissional reflexivo, e mentoria em TO.
Também tenho assistido a apresentações de alguns candidatos a docente, eles estão no meio de um concurso.
Me surpreendi bastante com meu inglês! Valeu Renata! Tem sido bem raras as confusões (ontem alguém me disse ´bed´ e eu entendi ´bad´ e continuei a conversa... crazy!).
Ontem também tive um jantar brasileiro na casa da Lilian, comi coisas que há tempos não comia no Brasil: queijadinha, empadão de palmito... e os canadenses me ensinaram a gostar de caipirinha! É que nunca gostei de caipirinha porque é muito doce, e aqui eles gostam sem açúcar! E não é que eu gostei!
Também fui a um almoço bem canadense na terça-feira, com os alunos do doutorado daqui, mas nada muito diferente do que a gente come por aí: frango assado, salada e pão. Xôxo, né?
Tenho tentado provar as coisas: grapefruit (amargo e ácido: adore!), e uma variedade de cafés, são bem mais fracos mas eles tomam com zilões de coisas: chai laitte caffé, laitte café, just black caffé, com canela, e com outras coisas que ainda não deu tempo de provar. Mas quase todo mundo anda com um copo de café (de 300ml no mínimo) pra todo canto. Hugh!

Sobre diferenças culturais, muitas, mas parece que fiquei mais impactada (me sentindo meio fora) nos primeiros dois dias, depois sei lá, sei que vou ficar pouco tempo e foi passando.

Tenho assistido as aulas de saúde mental, e aí são grandes as diferenças com a pratica. é um outro pensar e praticar Terapia Ocupacional. aos poucos posso ir falando mais sobre o canadian way e a prática centrado no cliente, o que isso significa aqui.

Mas estou bastante ansiosa pois vou apresentar minha prática com o MTOD na quinta-feira que vem e estou tentando preparar algo bem cuidadoso pois tenho um grande receio que eles não entendam nada! Rsss... Vamos ver, vou contando aos poucos.

Por hoje é isso. Tenho que trabalhar um pouco mais, e pesquisar alguns artigos. Que maravilha se ter todos os artigos que se deseja e se precisa em poucos clicks! Sonho! É um absurdo a gente ter que fazer todos os malabarismos aí no Brasil pra ter acesso a isso.

sábado, 19 de abril de 2008

to Canada

Minha primeira postagem wi-fi!
Estou aqui em Guarulhos, já na área de embarque pro Canadá. São 19h45, o vôo é as 21h15.
Estou com algumas dores no corpo, uma mistura da aula de dança de ontem (todo sábado é a mesma coisa! Uma explosão de movimentos na sexta e as consequências no fim de semana!), de tensão muscular do cansaço dos últimos tempos e das expectativas da minha primeira viagem pro exterior... Mas é uma tensão ruim, o corpo não está legal, vamos ver como passarei a noite.

Não consegui fazer uma preparação muito organizada pra esta viagem. Na verdade, não sei direito como vão ser meus encontros por lá. Assim, sei o que fiz, sei da pesquisa, mas não sei o quê da pesquisa se fará interessante em cada contexto. Acho que será uma experiência interessante mesmo!

Agora vou falar pelo skype com minha mãe e depois ler um pouquinho (trouxe impresso o Schartzman e o Calligaris de ontem).

quarta-feira, 9 de abril de 2008

a mesmice e algumas novidades

Não tenho muito a contar. Novamente!
Ontem conversei com uma amiga pelo msn e falamos da nossa mesmice e do quanto ela cansa de vez em quando.
Enfim! Por enquanto é mesmice sobre a tese.
Minha vida pessoal esteve numa efervescência com essa história da mudança, mas nada que mereça detalhes por aqui. E como a gente é uma só (eu insisto que eu tenho que aprender isso, e estou aprendendo!) não dá pra dar conta de tudo.
Então, qualificação adiada.

O estágio no Canadá, na University of Western Ontario, está a mil. Pouco mais de uma semana para o embarque!
E também toda a arrumação pra essa viagem: visto, seguro-saúde, câmbio, compras (parece que a gente tem sempre algo pra comprar!). E também saber que calça jeans nem sempre é bem vinda por lá, faz a arrumação da mala ficar um pouco mais difícil!

Bem, vou contando aos poucos.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

comentários liberados!

OK, Rê... comentários liberados no blog. Muita gente me encontrava e falava coisas do blog, mas estava difícil de enviar o email. Vamos facilitar.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Novidades da semana...

Faz um tempinho que não escrevo.
Depois que eu terminei o relatório, me dediquei a algumas outras tarefas acadêmicas, como terminar um artigo que foi aceito (finalmente uma publicação do mestrado!), coloquei outros dados no formato para rodar no programa de análise de vocabulário, e estudei alguns trabalhos.

Tenho que voltar a trabalhar na tese para aprontá-la para a qualificação, que deve ser depois do Canadá.

Ah, e também cuidei da documentação para o visto... Como isso me demanda tempo! Eu não nasci pra essas coisas burocráticas, parece que sempre falta um papelzinho...

Mas foi um momento de grande felicidade pela possibilidade de voltar a morar em São Carlos! Quem for meu amigo e ainda não souber da novidade, vê se me escreve que eu conto!

No mais é isso, sexta-feira básica: um pouco de cansaço do fim da semana, uma boa aula de dança e uma grande expectativa para a minha primeira aula de retorno ao CETO, amanhã!

sexta-feira, 14 de março de 2008

A Terapia Ocupacional do CETO: essencial!

Hoje resolvi botar o papo em dia!
É que voltei a estudar no CETO, vamos fazer "Estudos Investigativos sobre o Método Terapia Ocupacional Dinâmica", ou algo do gênero.
Na verdade, se aprofundar no MTOD, compreender as sutilezas, corrigir equívocos... me lapidar!
E fora o prazer de estudar com a Jô, com a Sônia, e com todas as terapeutas ocupacionais do grupo: Ale Pellegrini, Ale Reis, Ana Mastropietro, Gabi Cruz, Gi Martini, Gi Pellatti, Lu Vaccaro, Re Varella, Tati Ceccato...

Inspirador poder estudar esta terapia ocupacional que faz muito sentido!

sobre o alceste

Acho que vale à pena falar um pouco destes meus primeiros contatos com o ALCESTE.
Ele é um software de análise estatística textual, que é uma primeira etapa da análise de conteúdo.
Então, você insere seus dados textuais, que podem ser as entrevistas, narrativas orais ou escritas, documentos, transcrições (como as minhas dos encontros do grupo) e ele, através da freqüência das palavras e do modo como elas se aglomeram no texto, oferece uma classificação a partir do vocabulário.
Então ele diz que determinado conjunto do texto pertence a uma determinada classe, pois tem um vocabulário que é específico e que difere do vocabulário do conjunto textual da outra classe.
Depois, vem o trabalho do pesquisador em ler os resultados e compreender o conteúdo temático daquilo que está sendo apresentado em cada classe. Ele também apresenta quais sujeitos mais contribuíram para cada classe.
Fui clara?

Com o resultado em mãos, você também pode fazer análises cruzadas para investigar melhor outras possibilidades dos seus dados.

Pra se ter uma idéia, com os dados das transcrições dos 18 grupos, o alceste encontrou três classes nas quais, numa batida de olho rápida, pude identificar três problemáticas: as dificuldades vivenciadas na prática (dilemas no atendimento dos pacientes; fatores que influenciaram a prática, como o tempo, questões institucionais); o processo de constituição da pesquisa-intervenção (diários, grupo, pesquisa: o que é, como faz, como vamos nos organizar, como nos organizamos); e as discussões sobre a prática em terapia ocupacional (procedimentos, questões teórico-práticas, relação triádica, ações do terapeuta).
Pra mim, fez sentido, pelo menos inicialmente.
E tudo isso em 30 minutos! E isso porque o computador estava com pouca memória de trabalho.

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Mundo acadêmico e as relações de colaboração

Tenho encontrado pessoas de uma disponibilidade ímpar nesse meu percurso de pesquisa.
A começar pelas minhas orientadoras que toparam esta aventura na Educação com uma terapeuta ocupacional, as terapeutas ocupacionais da unifesp, e também a Lílian Magalhães que me permitiu o acesso a todos os artigos que eu não tinha disponível aqui no Brasil e que agora vai me receber em sua casa no estágio que eu vou fazer lá na University of Western Ontario, e ontem teve a Marialva, uma pesquisadora da FCC que me ajudou imensamente com o programa ALCESTE de análise de dados textuais.
Eu tinha uma impressão muito forte da pouca afetividade do mundo acadêmico e começo a perceber que a colaboração (ingrediente básico na produção de conhecimentos) pode sim se apresentar de forma muito concreta no cotidiano.
Prefiro não pensar que foi sorte, mas que a gente pode sim construir relações prazerosas, que instiguem a aprendizagem, o crescimento.

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sábado, 8 de março de 2008

as intensidades...

Bem, finalmente terminei o primeiro relatório na semana passada: sábado 21h30!
Daí fui pra SCarlos pra conversar com minha orientadora, fazer alguns ajustes e entregá-lo.

Até aí tudo bem, não fosse o extremo cansaço! É por isso que nem escrevi aqui, nem olhei a internet, estou há duas quintas-feiras sem ler o Schwartzman e o Calligaris!

As intensidades!!!! Isa, se vc estiver lendo, saiba que me lembrei muito dos nossos papos no metrô, mas fazer o quê quando se tem prazos tão curtos...
Daí tomei uma decisão: isso não vai acontecer no final do doutorado!
Está todo mundo aí de testemunha.

Mas também foi intenso o meu descanso: dormi, fiquei um pouco na rede, caminhei, voltei a cozinhar, fiz minha segunda sessão de Rolfing (dói, mas é bom esse negócio, reorganiza mesmo a gente!), saí com os amigos, peguei um cineminha (Jogos de Poder. Adoro o Philip Seymour Roffman. Só não acreditei muito que toda a vitória do Afeganistão sobre a URSS tenha sido arquitetada por um só congressista americano... enfim...), e ouvi muita música: Maria Bethânia, Cássia Eller e Ana Carolina: não tem como não recuperar a energia ouvindo essas mulheres tão intensas!

Renovada... seguem mais seis semanas de trabalho: finalizar a preparação de outros dados pra rodar no ALCESTE, finalizar dois artigos (que tem deadline!), ajustar o relatório/tese para a qualificação que deve acontecer no final de maio (mas tem que entregar no meio de abril), preparar seminários em inglês (que medo!) e fazer as malas para um estágio no Canadá.
E as intensidades?
Ainda é uma aprendizagem...


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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

uma paradinha pra se divertir


Bem, em meio à escrita do relatório e da prestação de contas do meu primeiro ano de bolsa FAPESP (com prazo de entrega para segunda-feira), só as meninas mesmo pra me fazer tirar a noite pra dançar!
Obrigada!
e Parabéns pela formatura!


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imagem: netoscity blog

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Gerânios


Resultado do fim de semana: muito descanso, comida boa e música: efeito mais que positivo de não se ter tv a cabo.

Daí, encontrei minha ambição na vida numa música da Marisa Monte, que ela fez com o Nando Reis e com Jennifer Gomes:

"Ela que descobriu o mundo e sabe vê-lo do ângulo mais bonito. Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes. Sente e vive intensamente, aprende e continua aprendiz, ensina muito e reboca os maiores amigos. Faz dança, cozinha, se balança na rede e adormece em frente à bela vista. Despreocupa-se e pensa no essencial. Dorme e acorda"

Fica aqui pra não esquecer!
Pra quem não conhece: gerânio.

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

análise: jack, the stripper X construção de sentidos

Semana difícil: muito cansaço na segunda e na terça. Como sinto com muita facilidade os estragos do exagero do trabalho, da preocupação com o trabalho (estresse) no corpo e na mente. Isso acaba comigo.
Daí, uma sábia decisão: um pouco mais fortalecida, tirei a quarta-feira para caminhar com mais tranquilidade, me alongar mais e com calma, fazer exercício para o relaxamento dos olhos (self-healing: palming, sunning), que estavam estourando com qualquer luminosidade (computador demais!) e trabalhar um pouco no papel, na rede na varanda, sem o computador. Respirando mais!
O dia foi passando e percebi que fui me recuperando...

Continuei tentando respirar ainda mais hoje!

Reflexões: terminei a análise dos processos reflexivos, durante ete processo me senti uma verdadeira açougueira, é impressionante a sensação de que se está descaracterizando o todo, com os cortes e os agregamentos: isso é de tal categoria, por isso e por isso; isso é de outra... Mas também foi estranho e bom como algo dentro da minha cabeça foi encontrando um caminho que construía um sentido pra tudo aquilo.
De repente, comecei a ver o boi inteiro!


E agora acho que vai ser possível colocar tudo isso que veio na cabeça no papel, de modo a extrapolar a experiência, generalizá-la em alguns sentidos, e reconstruí-la novamente.


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Imagem: fonte almoço e jantar - abril cultural

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

dica de blog

Blog interessante sobre informações
relacionadas à Terapia Ocupacional:
El diario de aexto


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análise dos processos reflexivos

Acho que este período vai ser assim mesmo: análise dos dados para o relatório.
São muitas as possibilidades de análise: de conteúdo (dos diários reflexivos, dos meus retornos aos diários, das produções do grupo), análise dos processos de raciocínio clínico, análise da trajetória individual de cada participante e também da trajetória do grupo, análise dos processos reflexivos.
Estou finalizando essa análise dos processos reflexivos. Ao longo do ano passado todo, já fui analisando que tipo de pensamento reflexivo as participantes da pesquisa mais utilizavam em seus diários, e isso ia me ajudando a retornar os diários (conversa) estimulando diferentes tipos de reflexão.
De modo geral, há quatro tipo de relatos: o que descreve os eventos sem justificá-los (naração descritiva), o que procura oferecer justificativas para as ações (descrição reflexiva), o que procura ampliar as compreensões (reflexão dialógica) e o que procura ampliar as reflexões incluindo aspectos sócio-político-culturais (reflexão crítica).
Essa grade pode ser muito útil para quem quer conduzir processos reflexivos em estudantes, por exemplo. É uma forma de mapear o pensamento para depois saber de que forma e o quê estimular.
Agora, o que eu estou fazendo é conferindo este material, e terminando as análises.
Para quem quiser saber um pouco mais sobre isso, é o mesmo processo que realizei em minha dissertação de mestrado, que está disponível em minha homepage.


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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

letter and lyrics

Acabei de assistir Letra e Música.
Calma, é pra estudar inglês: audio em inglês e sem legendas, e meu caderninho. O que eu não entendia, anotava o tempo e depois voltava. Várias dúvidas para a professora - vou fazer um intensivo para um estágio no exterior... mas só conto se der certo mesmo.

Quando desliguei o filme, estava acabando a novela das seis e tocando uma música linda, que eu sabia que tinha em um dos meus CDs. Procurei e encontrei o do Boca Livre (aliás, bem no espírito de ouvir belas letras e melodias), fui ouvindo todo e encontrei a preciosidade: desenredo, de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro.

Ouvi duas vezes, decidi compartilhar aqui no blog.
Depois voltei pra trabalhar um pouquinho mais.


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ciência, método científico, brasil e as bobagens ditas e feitas

A pensata do Hélio Schwartsman,
na folha online de hoje, está preciosa.


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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

mais informações sobre artigos de TO


Na postagem de 17 de dezembro: como conseguir artigos de revistas internacionais no Brasil, eu havia dito que pelo Periódicos Capes só se conseguem artigos do Australian Journal of Occupational Therapy. Hoje entrei no Portal e quão minha surpresa quando vi que o Occupational Therapy International também está disponível!
Para acessar vá em Textos Completos - Ciências da Saúde (no menu à direita) - Fisioterapia e Terapia Ocupacional. E você terá uma lista de bons periódicos.
Claro que não da sua casa, mas de alguma boa biblioteca universitária.


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nada deu certo hoje

O Word decidiu travar!
Fiquei maluquinha.
Daí fui pro Office do Linux: não reconhecia os acentos e o ç.
Voltei pro Windows e trabalhei no bloco de notas.
Mas tive que voltar para o Word, para terminar
as configurações para rodar o programa.

Não sei se vai dar certo! Enviei para rodar!
Estou super apreensiva!


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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

uma etapa

Terminei uma etapa: coloquei os dados de todas as transcrições no formato do software de análise de narrativas.

Agora ainda falta colocar todas as narrativas individuais, mais ou menos uns 16 textos de cada uma das oito terapeutas ocupacionais que participaram da pesquisa. Mas acho que vai ser mais fácil agora.

Portanto, ainda nada de novo, exceto o prazer de ir relembrando os momentos do grupo, as falas, as vozes, as imagens, as descobertas...



Pesquisa-intervenção: se a intervenção foi rica, valiosa, produtiva, é garantia de boa pesquisa?





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imagem: www.dominiofeminino.com.br

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

nada de novo...

Dá até uma vergonhinha neste início de ano quando as pessoas perguntam: e aí, como vai o doutorado?
Estas duas semanas se passaram e eu continuei na mesma: colocando as mais de 400 páginas de dados no formato do software de análise de narrativas.

Então: nada de novo, o mesmo trabalhinho de preso!

Só pra ilustrar, vai uma foto do meu maior amiguinho nestes dias:




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Imagem do site tiamonica

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

que delícia!

Ai, que delícia de comentário!
Isso alimenta! E também espanta a solidão!

"Tá, fazia tempo que eu não entrava no seu blog! Como ele cresceu!! E como está interessante!!!
Achei lindo o que vc escreveu em "aprendendo a ser uma boa jardineira"...
Me fez lembrar de um trecho de um texto do Tom Andersen... Eu o li esses dias, terminando minha monografia, e fiquei pensando o quanto é difícil escrever sobre um processo, colocar em palavras uma experiência...
[...]
Bom...aí vai...
'... sempre existem emoções nas palavras, existem outras palavras dentro das palavras, algumas vezes sons e músicas nelas, algumas vezes histórias completas, algumas vezes vidas inteiras.' (Tom Andersen - A linguagem não é inocente)
Parabéns pelo Blog!
Beijão, Lari"

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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Salve 2008!

Sai urucubaca!
Não acredito muito nas bruxas, mas que elas existem...

Bem, retornando do recesso tive uma gripe que me obrigou a ficar de cama quase uma semana, o guarda-roupas ficou fechado e o mofo apareceu e cresceu (como chove nesta cidade!), o computador pifou, o novo foi difícil de configurar, quando o computador foi configurado o mouse pifou , o novo mouse não encaixava, o chuveiro queimou.

Espero que depois de postar esta mensagem nada mais aconteça!
Enfim, pro meu 2008 ser mais feliz, Murphy precisa sair de férias.

Notícia boa: reencontrei uma amiga de São Carlos que veio morar bem pertinho, toda zen, yogue, esportes radicais, NOVAS ENERGIAS!!!

E como a gente tenta ter serenidade na vida, o doutorado recomeça hoje com toda a força. Até porque tem entrega de relatório e qualificação em março!

Salve 2008!
Salve mesmo.


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