segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Para escrever melhor

Sei que redação de tese não é igual à redação jornalística. Mas bom texto é bom texto.
Tenho gostado muito das dicas do blog novoemfolha.

Hoje, a Ana Estela postou algumas dicas interessantes que vêm sendo passadas de mão em mão (aqui já é a sexta mão!): "do Strunk para o "El País", do "El País" para Vinícius [de Moraes], de Vinícius para o Breno [amigo dela], do Breno para mim [Ana Estela] e, finalmente, de mim para os leitores do blog" novoemfolha... e agora aqui :)
  1. esqueça o que "não é". Em vez de "não costumava atrasar", prefira "chegava sempre na hora". Em vez de "não teve sucesso", escreva "fracassou".
  2. seja concreto. Em vez de "o clima era muito seco", vá de "não chovia havia dois meses".
  3. seja breve. Troque "prometeu adotar medidas de contenção dos furtos" por "prometeu combater os furtos"
  4. abaixo introduções. Se você vai contar algo trágico, não precisa antecipar que "o que ocorreu foi trágico". Vale para qualquer outra introdução. Deixe que os fatos falem por si.
  5. não enfeite. Isso a gente já falou muito aqui no blog: o bom texto não é feito de um monte de palavras bonitas enfileiradas de forma rebuscada. Texto é informação. Quanto mais informação, melhor ele fica.
  6. menos ego. Não tente parecer bom ou diferente. Tente escrever de forma clara e interessante. É o texto que conta, não você.
  7. contra adjetivos, use substantivos. E verbos. Aqui eu vou transcrever o Vinicius: "Não há adjetivo no mundo que possa estimular um substantivo exangue ou inadequado; isto sem subestimar adjetivos e advérbios, quando corretamente empregados. Mas a verdade é que são os nomes e os verbos que dão sal e cor ao estilo".
  8. seja claro. Frases curtas ajudam nisso.

Um comentário:

Terapia Ocupacional disse...

Olá Tais, boas dicas... a escrita é muito importante, vai aí outra dica: escreva a tese com a linguagem mais simples possível, lembre-se que todo termo "esquisito" veio de algum lugar e pode ser usado de uma forma que todos entendam. O que adianta escrever uma tese de 500 páginas e ninguém entender nada?