Tenho gostado muito das dicas do blog novoemfolha.
Hoje, a Ana Estela postou algumas dicas interessantes que vêm sendo passadas de mão em mão (aqui já é a sexta mão!): "do Strunk para o "El País", do "El País" para Vinícius [de Moraes], de Vinícius para o Breno [amigo dela], do Breno para mim [Ana Estela] e, finalmente, de mim para os leitores do blog" novoemfolha... e agora aqui :)
- esqueça o que "não é". Em vez de "não costumava atrasar", prefira "chegava sempre na hora". Em vez de "não teve sucesso", escreva "fracassou".
- seja concreto. Em vez de "o clima era muito seco", vá de "não chovia havia dois meses".
- seja breve. Troque "prometeu adotar medidas de contenção dos furtos" por "prometeu combater os furtos"
- abaixo introduções. Se você vai contar algo trágico, não precisa antecipar que "o que ocorreu foi trágico". Vale para qualquer outra introdução. Deixe que os fatos falem por si.
- não enfeite. Isso a gente já falou muito aqui no blog: o bom texto não é feito de um monte de palavras bonitas enfileiradas de forma rebuscada. Texto é informação. Quanto mais informação, melhor ele fica.
- menos ego. Não tente parecer bom ou diferente. Tente escrever de forma clara e interessante. É o texto que conta, não você.
- contra adjetivos, use substantivos. E verbos. Aqui eu vou transcrever o Vinicius: "Não há adjetivo no mundo que possa estimular um substantivo exangue ou inadequado; isto sem subestimar adjetivos e advérbios, quando corretamente empregados. Mas a verdade é que são os nomes e os verbos que dão sal e cor ao estilo".
- seja claro. Frases curtas ajudam nisso.
Um comentário:
Olá Tais, boas dicas... a escrita é muito importante, vai aí outra dica: escreva a tese com a linguagem mais simples possível, lembre-se que todo termo "esquisito" veio de algum lugar e pode ser usado de uma forma que todos entendam. O que adianta escrever uma tese de 500 páginas e ninguém entender nada?
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