sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Viva 2008!

Bem, merecido recesso de fim de ano!

Fui mais leve comigo nesta semana!
Isso faz parte da minha constante aprendizagem para viver com menos tensão e auto-pressão, e com o que decorre disso: estresse, cansaço, mau humor, irritabilidade, insônia...

Enfim, terminei a última transcrição (é, só agora!), arrumei alguns dados, e consegui perceber que não tinha dados suficientemente analisados para mandar um trabalho para um congresso. Acho que isso foi um ganho, não é possível ter/fazer tudo, né?

E agora o merecido descanso, curtir as pessoas da família e alguns amigos queridos.

Especialmente, gostaria de agradecer às mulheres terapeutas ocupacionais (ceto e paulista) que fizeram com que este ano de 2007 fosse um ano de intensa alegria e aprendizagem, e trabalho colaborativo!

E desejar, aos que têm me acompanhado aqui, um 2008 com todas as coisas boas da vida!


Viva!




Para comentar esta postagem
mande um email para blogdatais@gmail.com

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

como conseguir artigos de revistas internacionais no Brasil


Decidi colocar esta postagem pois uma grande amiga, que também está no Doutorado, nunca havia tido informações sobre o IBICT/CCN e COMUT para conseguir artigos de revistas nas bibliotecas brasileiras.
Então, segue um passo-a-passo:

Depois de fazer uma busca pelos artigos em bases de dados: Web of Science, ProBE, SciELO, Periódicos CAPES (que dá acesso aos links anteriores e a inúmeras revistas, e para a TO disponibiliza textos completos do Australian Journal of OT), e também duas bases específicas de Terapia Ocupacional: OTSeeker e OTDBase (esta é paga, mas há duas open houses por ano, em março e outubro, mas você pode pagar $10 para usar durante um mês).
Também pode conseguir materiais interessantes no Portal Domínio Público - MEC.

Com os artigos que você deseja em mãos (se já não os tiver conseguido em formato eletrônico, principalmente pelo Portal CAPES), entre no IBICT-CCN (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Catálogo Coletivo Nacional) digita o nome da revista, executar busca, depois visualizar consulta, depois clica na revista que deseja e visualizar registros, daí você vai ver em quais bibliotecas brasileiras tem o vol/número da revista que você deseja e vê se ela fornece cópias pelo COMUT (Programa de Comutação Bibliográfica) ou via Ariel (nunca usei o Ariel) - já anote as bibliotecas que têm o que deseja, pois vai precisar depois e anote também o ISSN das revistas.
Depois, você entra no IBICT-COMUT, faz seu cadastro, compra bônus comut (por boleto bancário ou cartão de crédito), e faz os pedidos para as bibliotecas por email ou pelo correio.
As bibliotecas das Universidades também podem fazer todo este trabalho para você, mas fica mais caro.

Dos periódicos de Terapia Ocupacional, só não tem no Brasil as revistas mais recentes de 2007 e também alguns títulos importantes como Occupational Therapy Journal of Research (há somente alguns volumes mais antigos), Occupational Therapy in Mental Health, Occupational Therapy in Health Care, que são revistas com bons trabalhos.

Uma boa sugestão seriam as escolas de Terapia Ocupacional do Brasil se dividirem na assinatura de diferentes periódicos para que pudéssemos ter acesso, pelo COMUT, a um maior número de trabalhos da nossa área.

Quem quiser comentar esta postagem
mande um email para blogdatais@gmail.com

(a imagem é do blog do pópulo)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Terapia Ocupacional e início de carreira (1)

Tinha dito na semana passada que tinha achado a peça-chave para retomar meu trabalho.
Pois sim, li muitos artigos nesta semana, todos sobre a prática iniciante em Terapia Ocupacional, pesquisas desenvolvidas principalmente na Inglaterra, Canadá e Austrália.

Bem, a situação é bem similar em todos os trabalhos: O PERÍODO DE TRANSIÇÃO É ESTRESSANTE!
Os iniciantes têm facilidades para habilidades acadêmicas, como buscar por informações; e dificuldades no relacionamento com outros profissionais e com os pacientes/clientes (principalmente os 'mais difíceis'), planejamento do tratamento levando em consideração a complexidade do contexto, relacionar teoria com as demandas da prática, manejo do estresse, baixa auto-confiança e problemas com identidade profissional, principalmente relacionada às opiniões dos outros profissionais (se os outros profissionais reconhecem o trabalho dos terapeutas ocupacionais a identidade profissional é mais resolvida, se não, há crises de identidade).

Estas questões melhoraram com o passar do primeiro ano de prática, principalmente se os iniciantes tiveram suporte, como supervisões, trabalho conjunto com um terapeuta mais experiente, grupo de suporte ou mentoria.

Sem maiores comentários por hora.


Para comentar esta postagem:
envie um email para blogdatais@gmail.com

aprendendo a ser uma boa jardineira

Ontem fui a uma festa de fim de ano, e com amigo secreto - feito de uma forma muito criativa, na qual os presentes eram dados para 'quem tem a cara daquilo' - ganhei um dos melhores 'cuidados' - obrigada CJ!

Mas aprendi mais uma coisa ontem e que posso compartilhar no blog, pois tem a ver com as participantes da pesquisa, que também estavam lá e me presentearam com objetos que vão me acompanhar na fase de escrita - é que elas não queriam se fazer presentes só na fase de coleta! Enfim, tem essa coisa de TO, de deixar marcas concretas no mundo externo, marcas que na verdade são internas também. E funcionou, já usei o meu bloquinho hoje e me lembrei de vocês!

Mas voltando para o assunto: esta experiência está me ensinando a ser uma melhor jardineira, é que precisa ter um cuidado imenso, dedicação, inteireza.
Posso falar que não consigo ver um trabalho de pesquisa-intervenção sem estas características, há confianças em jogo. Mas posso falar também que a gente tem que estar preparado para o que vem depois de um trabalho como este: a construção de relações pessoais que vão além da pesquisa-intervenção, embora tenham sido mediadas por ela.

Ganhei um jardim ontem, com flores belas e raras. Um jardim que ajudei a cuidar e que ainda tenho responsabilidade sobre ele, por obrigação profissional e por desejo, muito desejo.



Para comentár esta postagem:
mande um email para blogdatais@gmail.com

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

mudança no formato


Ajustes na comunicação do blog:

para fazer comentários sobre as postagens, por favor, envie um email para blogdatais@gmail.com, daí eu posso publicar seu comentário e continuar a conversa...

Essa história de anônimo não é comigo...

(By Ziraldo)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

um pouco do horror de matar um porco

Ok, sou nova nesse negócio de blog.
Fico sem saber como responder aos amigos que têm escrito e hoje vi no blog da rita "panelinha , receitas que funcionam" (aliás, uma delícia!), uma maneira bem interessante: ela publica os emails que recebe e comenta depois em nova postagem. Gostei. Vamos ver se rola desse jeito.

Bem, mas acho que não fui muito honesta nesta semana.
Isso porque foi uma semana dificílima e eu não fui contando aqui. Porque afinal TODO MUNDO sabe que esse negócio de escrever não é fácil. Lembro-me sempre de quando a Jô descreveu, no primeiro Trilhas, que fazer uma tese tem os horrores de matar um porco e as delícias de saborear os embutidos (acho que era uma fala do Umberto Eco, não me lembro).
Mas de qualquer modo, eu só estou compartilhando os embutidos e não acho isso muito justo!

Enfim, fiquei perdidinha, com o desejo de fazer todas as coisas que têm que ser feitas, sem nenhuma organização mental para fazê-las e ainda por cima com um torcicolo irritante!
Pra mim funciona assim: tem a tarefa, daí ela vai sendo elaborada na minha cabeça, e esse é o período mais difícil, conturbado, confuso, fico mau humorada, totalmente centrada no quebra-cabeça, depois, eu acabo sempre achando uma peça chave, aquela que encaixa em várias coisas ao mesmo tempo, e daí começo a trabalhar no mundo externo.

E essa semana foi muito de muito interno, de quebrar a cabeça. Cansou a beça!

Mas enfim, acho que achei a peça chave, o que vai me ajudar a realizar duas tarefinhas importantes antes do Natal.

Inspirada no blog da Rita: agora que encontrei os ingredientes, vai um tanto de trabalho para colocá-los na medida certa e sovar bem a massa.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

curta...

Eu sei que este blog é pra falar do doutorado, mas cinema e seus afins tem que fazer parte da vida, sempre!
Muito bonito o curta-metragem brasileiro que ganhou o concurso no youtube: "laços"


Maiores informações:
folhaonline

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A experiência é maior que a narrativa

"A experiência é maior que a narrativa."
Michael White

Foi assim que uma das colaboradoras da pesquisa ajudou na finalização do último grupo, que aconteceu ontem, e também deu o mote para a escrita da tese: como abarcar toda esta rica experiência em uma narrativa de formato acadêmico?

Fico pensando no desafio... mas também, ontem no grupo, falamos muito do cuidado de todas as participantes, sustentado pelo meu cuidado de pesquisadora, na produção desta experiência. Cuidado que vai me acompanhar nesta nova etapa, não só pelas questões de validade e credibilidade da pesquisa, mas principalmente porque foi uma vivência ímpar e privilegiada, e merece o maior o respeito.


Outra participante da pesquisa fez uma comparação bela e criativa dos ganhos que esta experiência trouxe: a casinha do Snoopy, pequenina e singela por fora, mas complexa e surpreendente por dentro!
Achei que isso devia ser compartilhado no blog, é belo e pode instigar as pessoas que passarem por aqui a ficarem com água na boca pra saber que caminhos percorremos...


Por fim, preciso dizer que senti muita felicidade ontem, não porque a 'coleta de dados' acabou, mas porque foi possível ver a construção de algo muito especial, que passou pela produção de conhecimentos, mas que foi transpassado por afetos e confianças.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

conselhos...

Depois de ler o Contardo Calligaris (Narciso no país das maravilhas, Folha de SPaulo, 22/11/2007) de hoje, decidi deixar à vista, para a vida:
1) dispensar cobertores e chupetas,
2) lidar com a precariedade da presença e do amor dos outros.

sobre transcrições e sentimentos

Uma semana de blog!

Durante este ano acompanhei um grupo de terapeutas ocupacionais para investigar o desenvolvimento do raciocínio clínico, em formato de pesquisa-intervenção.
O grupo acontecia a cada quinze dias e depois de cada encontro, que eram gravados, eu transcrevia a gravação.
Transcrever (ou psicografar segundo o Leo) é um processo cansativo sim, mas como se tratava de um grupo e não tinha vídeo, só áudio, este trabalho tinha que ser feito por mim mesma, para reconhecer as vozes das pessoas.
Acontece que este trabalho, ao longo da pesquisa, foi se tornando super envolvente, pois durante a transcrição eu revivia o grupo e ficava mais dentro, mais por dentro, e muitas reflexões aconteciam neste processo, tanto sobre o que o grupo estava produzindo, como sobre a minha participação.

Hoje foi a minha penúltima transcrição e vivi um misto de alegria (só falta mais uma!) e de nostalgia.
Acho que é porque eu nunca tinha vivido assim me dedicando só a uma atividade profissional (mesmo ela sendo do tamanho que é!).
Na minha vida antiga, com todos os meus inúmeros trabalhos, não dava pra perceber direito a coisa que começa e a que termina, era tudo rápido demais, não dava nem tempo de sentir nostalgia - e às vezes nem de sentir alegria.

A Rosibeth, da PUCCamp, me ajudou muito nessa história de sentir a alegria pelos trabalhos! Um brinde a você!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

vamos começar...

Ok, termino a coleta de dados daqui há duas semanas e depois começo a escrever!
Estou muito curiosa, um pouco ansiosa, e tem um quê de criação no ar.
É bom!

Falar em coleta de dados parece bem impessoal... Esta foi uma das experiências mais pessoais da minha vida! Para as maravilhosas mulheres que me acompanharam neste ano, um imenso agradecimento! Vocês são demais!

Bom, né?

Então é isso, como já disse no 'perfil' aí do lado, sei que escrever uma tese é uma tarefa solitária, e como eu não desejo que essa solidão tome conta de tudo, que ela venha na medida do necessário e do suficiente, não mais que isso. Que este blog me ajude!

Fica então o convite para os amigos, colegas, companheiros e, claro, desconhecidos (!?!), que queiram me acompanhar de hoje até abril de 2009, neste caminho de dores e delícias!